sexta-feira, abril 04, 2008

Do poder do sonhar


Sonhei acordado que tinhas meu rosto em tuas mãos
Mãos de firme gentileza a suportar o fardo que amontoa-se na mente e que por falta de espaço também sobre meus ombros
Na verdade estava mais interessado em teu carinho do que no alívio da carga
Teu toque por si só encerrava uma dádiva

Compreensiva, me deitou em teu colo e afagou-me o cabelo
E perdoastes minha falta de palavras com a cumplicidade de teu silêncio

Desconfiado que sou questionei-me acerca do súbito bem-estar indistinto
E da ausência da impertinente dissonância
Como repreensão irrompi de meu devaneio em meio a caminhada para a rotina do mundano e banal

Estava só... Novamente
Sem sequer um resquício da impressão do calor de tuas mãos gentis

"QUAL SERIA O PODER DESTE LUGAR SE OS QUE HABITAM NÃO SONHASSEM EM RETORNAR?"
(Do diálogo entre Sandman e Samael)

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